Quais países mais perdem com a interrupção de assistência global dos EUA?
Fonte: redemulticomnews.com

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O presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, John Roberts, suspendeu na noite de quarta-feira 27 uma ordem judicial exigindo que o governo do presidente Donald Trump continue a pagar fundos de assistência internacional a contratados e beneficiários de subsídios.
Essencialmente, o magistrado deu sinal verde, mesmo que em caráter provisório, para a Casa Branca encerrar a maioria dos contratos e subsídios de assistência internacional. O governo vai cortar mais de 90% dos contratos da USaid, agência federal que responde por mais de 40% da ajuda humanitária do mundo, e mais de US$ 58 bilhões em assistência geral dos Estados Unidos ao redor do globo. Tudo parte da agenda “América em primeiro lugar” de Trump, e dos esforços com os quais ele encarregou Elon Musk para enxugar a máquina pública.
Criada em 1961 pelo presidente John F. Kennedy por meio da Lei de Assistência Estrangeira, que reuniu vários programas existentes na nova agência, a Usaid é o maior doador individual do mundo.
No ano fiscal de 2023, os Estados Unidos destinaram por meio da agência um total de US$ 72 bilhões (quase R$ 421 bilhões, na cotação atual) em ajuda humanitária para diversas áreas, incluindo saúde feminina em zonas de conflito, acesso à água potável, tratamentos para HIV/aids, segurança energética e combate à corrupção. Em 2024, a agência forneceu 42% de toda a ajuda humanitária no mundo rastreada pelas Nações Unidas. A Usaid, porém, compõe menos de 1% do orçamento federal.
Quase um terço de todos os desembolsos foram para programas no setor de saúde. Ajudar comunidades vivendo com HIV ou AIDS, fornecer acesso sustentável a água potável e serviços de saneamento, melhorar a saúde materna e infantil estavam entre as principais iniciativas.
A agência financia projetos para fornecer assistência a regiões atingidas pela fome no Sudão, distribuir livros didáticos para crianças em idade escolar deslocadas na Ucrânia e treinar profissionais de saúde em Ruanda. Os principais beneficiários do financiamento incluem Ucrânia, Etiópia, Jordânia, República Democrática do Congo e Somália.
Cerca de 31 países, a maioria nas regiões da Ásia e Oceania e África Subsaariana, dependem dos Estados Unidos para pelo menos um quarto de sua ajuda externa total. As Ilhas Marshall, Micronésia e Tailândia, na Ásia, e Botsuana e Eswatini, na África Subsaariana, se apoiam em Washington para mais da metade de sua ajuda externa.
Devido ao congelamento repentino das remessas, os programas antimalária no Quênia e em Gana já foram paralisados. Eles receberam US$ 434 milhões e US$ 334 milhões, respectivamente, para combater a doença transmitida por mosquitos. A grande maioria das 597 mil mortes por malária no mundo em 2023 foram de crianças africanas com menos de cinco anos de idade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Ucrânia, que depende de ajuda externa para reconstruir sua economia devido à destruição provocada pela guerra com a Rússia, provavelmente também será afetada. A nação recebeu dos americanos mais de US$ 28 bilhões em assistência para o setor de desenvolvimento econômico, quase 90% do total.
Ao assumir o cargo, Trump assinou uma ordem executiva para congelar a assistência dos Estados Unidos a nações estrangeiras por 90 dias. A medida desestabilizou a agência de ajuda humanitária, que foi instruída a interromper projetos de longa data como o Plano de Emergência do Presidente para o Alívio da Aids (PEPFAR).
A ideia por trás do plano de Musk, à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), é reduzir ou eliminar gastos considerados “desnecessários”. Mas, na prática, sua força-tarefa vem passando a motosserra em iniciativas progressistas, que o governo coloca sob o guarda-chuva “woke”, como a própria USaid e os programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) para contratações.
Essencialmente, o magistrado deu sinal verde, mesmo que em caráter provisório, para a Casa Branca encerrar a maioria dos contratos e subsídios de assistência internacional. O governo vai cortar mais de 90% dos contratos da USaid, agência federal que responde por mais de 40% da ajuda humanitária do mundo, e mais de US$ 58 bilhões em assistência geral dos Estados Unidos ao redor do globo. Tudo parte da agenda “América em primeiro lugar” de Trump, e dos esforços com os quais ele encarregou Elon Musk para enxugar a máquina pública.
Criada em 1961 pelo presidente John F. Kennedy por meio da Lei de Assistência Estrangeira, que reuniu vários programas existentes na nova agência, a Usaid é o maior doador individual do mundo.
No ano fiscal de 2023, os Estados Unidos destinaram por meio da agência um total de US$ 72 bilhões (quase R$ 421 bilhões, na cotação atual) em ajuda humanitária para diversas áreas, incluindo saúde feminina em zonas de conflito, acesso à água potável, tratamentos para HIV/aids, segurança energética e combate à corrupção. Em 2024, a agência forneceu 42% de toda a ajuda humanitária no mundo rastreada pelas Nações Unidas. A Usaid, porém, compõe menos de 1% do orçamento federal.
Quase um terço de todos os desembolsos foram para programas no setor de saúde. Ajudar comunidades vivendo com HIV ou AIDS, fornecer acesso sustentável a água potável e serviços de saneamento, melhorar a saúde materna e infantil estavam entre as principais iniciativas.
A agência financia projetos para fornecer assistência a regiões atingidas pela fome no Sudão, distribuir livros didáticos para crianças em idade escolar deslocadas na Ucrânia e treinar profissionais de saúde em Ruanda. Os principais beneficiários do financiamento incluem Ucrânia, Etiópia, Jordânia, República Democrática do Congo e Somália.
Cerca de 31 países, a maioria nas regiões da Ásia e Oceania e África Subsaariana, dependem dos Estados Unidos para pelo menos um quarto de sua ajuda externa total. As Ilhas Marshall, Micronésia e Tailândia, na Ásia, e Botsuana e Eswatini, na África Subsaariana, se apoiam em Washington para mais da metade de sua ajuda externa.
Devido ao congelamento repentino das remessas, os programas antimalária no Quênia e em Gana já foram paralisados. Eles receberam US$ 434 milhões e US$ 334 milhões, respectivamente, para combater a doença transmitida por mosquitos. A grande maioria das 597 mil mortes por malária no mundo em 2023 foram de crianças africanas com menos de cinco anos de idade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Ucrânia, que depende de ajuda externa para reconstruir sua economia devido à destruição provocada pela guerra com a Rússia, provavelmente também será afetada. A nação recebeu dos americanos mais de US$ 28 bilhões em assistência para o setor de desenvolvimento econômico, quase 90% do total.
Ao assumir o cargo, Trump assinou uma ordem executiva para congelar a assistência dos Estados Unidos a nações estrangeiras por 90 dias. A medida desestabilizou a agência de ajuda humanitária, que foi instruída a interromper projetos de longa data como o Plano de Emergência do Presidente para o Alívio da Aids (PEPFAR).
A ideia por trás do plano de Musk, à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), é reduzir ou eliminar gastos considerados “desnecessários”. Mas, na prática, sua força-tarefa vem passando a motosserra em iniciativas progressistas, que o governo coloca sob o guarda-chuva “woke”, como a própria USaid e os programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) para contratações.
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