RUGIDOS E PODER: A ASCENSÃO DOS BRAVATEIROS GLOBAIS

Quando comecei a estudar, havia um colega de turma conhecido como “Bravateiro” – tudo nele era no superlativo! Nunca mais o vi.
Hoje, analisando o cenário mundial, percebo que há muitos bravateiros por aí. Aqui, na América do Sul, o nosso presidente, Luís Inácio, e o presidente da Venezuela são imbatíveis; e ainda temos o Milei, considerado um “aprendiz de bravateiro”!
Na Europa, o presidente russo nunca é superado e, na Ásia, o presidente norte-coreano Kim Jong-un é insuperável.
Mas hoje vou me deter apenas em Donald Trump, a estrela do momento. O presidente americano não mete “prego sem estopa”; suas bravatas são estudadas e aplicadas no tempo certo.
No governo Biden – de um presidente fraco e, às vezes, até senil – os EUA foram perdendo sua hegemonia sobre o planeta Terra. A guerra entre Israel e os extremistas muçulmanos (de triste memória) poderia ter sido evitada se um governo americano forte, tivesse intervido logo no início; esse mesmo governo já poderia ter encerrado a guerra entre russos e ucranianos; a China não teria alçado voos tão altos e a Coreia do Norte não estaria rugindo tão alto.
Então, Trump resolveu dar um recado, rugindo como um forte e temível leão: “capaz de qualquer coisa!”.
Por outro lado, Trump foi eleito com o apoio dos bilhões de dólares das big techs e dos bilionários do petróleo. Por isso, em seu primeiro discurso, ele afirmou que usaria toda a sua influência para explorar intensivamente o petróleo e o gás do subsolo americano (a maior reserva do planeta é dos EUA) e que baratearia o preço dos combustíveis – um recado para a OPEP.
Trump fez fortuna no meio empresarial e sabe que esse é “um mundo cão” e que, para vencer, é preciso rugir alto; é o que ele está fazendo para proteger seus financiadores e aliados e, de quebra, a economia americana, ameaçada sobretudo pela voracidade da China.
Como ficará a configuração geopolítica do planeta e a economia mundial diante dessas atitudes de Donald Trump, só o tempo dirá.
Mas seria prudente que nosso bravateiro tupiniquim tivesse um pouco mais de cautela, afinal, falar menos e ouvir mais sempre foi bom na hora de tomar uma decisão final.
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